19 de janeiro de 2014

BOLO ENSOPADO DE LARANJA





Este bolo é, para nós, o melhor Bolo de Laranja do Mundo, até hoje.
Não é propriamente um bolo para acompanhar um chá. 
Não é.
É antes, um bolo molhado que se come como sobremesa e com um garfo no final de uma refeição.
É um bolo rústico, simples, cheio de um sabor que tanto apreciamos por Si só. 
Sem mais nada, ele não precisa de mais nada. 

Tenho esta receita há mais de 25 anos.
Sei que mais pessoas a terão pois ela saíu numa revista de culinária super antiga e, por isso mesmo, deverá ser do conhecimento de outros.
A Mãe sempre fez este Bolo para mim e eu gostava tanto...
Adoro sumo de laranja e ainda me lembro de tanto que o bebi quando a Mãe o preparava nos meus tempos de escola.






Nós adoramos laranja, na sua essência, ou mesmo como toque noutras sobremesas ou mesmo pratos principais. 
Até a Filipa.
E, sabendo disto mesmo, o Pai colocou uma laranjeira no quintal há muitos anos atrás...antes de ter partido.

Uma laranjeira que dá lindas e sumarentas laranjas da baía, sem sementes e super docinhas.






Desta vez há unanimidade. 
Desta vez não há esquisitices.
A Laranja reúne consenso e une todos os membros da familia...

Bom... à excepção das felinas, claro ! ;)








"A Laranja é particularmente rica em vitamina C e em pectina, uma das fracções da fibra vegetal importante na regulação dos valores de colesterol. Acresce, também, o benefício de oferecer intacto o seu valor nutritivo dado que se come sempre crua.
A laranja algarvia aufere ainda de notáveis propriedades, decorrentes do facto de ser sempre consumida como produto fresco e da época e de ser proveniente duma região bastante exposta ao Sol, o que lhe confere uma maior riqueza em vitamina C.
Assim, é aconselhável o consumo de pelo menos uma laranja por dia, garante do aporte da dose diária recomendada de vitamina C, bem como de quantidade razoável de um dos melhores reguladores dos valores do colesterol.
No que se refere à frescura do sumo de laranja, parece ser evidente e manifesta a riqueza em vitamina C do sumo acabado de preparar quando comparado com outro, já preparado há 1 hora. De facto, a perda de vitamina C é significativa, sobretudo se o sumo se encontrar em contacto com o oxigénio do ar.
Curiosamente, o sumo proveniente de laranja da bacia mediterrânica, colhida madura, é mais rico de ácido ascórbico (vitamina C) do que o de fruta de regiões menos expostas ao Sol, ou colhida verde.
A quantidade de 100ml de sumo fresco de laranja fornece, em média, a dose recomendada de vitamina C para os adolescentes, para além de contribuir para o suprimento das necessidades hídricas.
A vitamina C é, no panorama da actual alimentação, uma das principais "armas" anti-oxidantes, face à presença crescente de radicais livres nos alimentos industrialmente processados."
http://www.saudepublica.web.pt/05-promocaosaude/051-Educacao/alim.laranja.htm






http://www.youtube.com/watch?v=ldXWFh123VE



Ingredientes:

BOLO:
  • 4 ovos
  • 200 gr. de açúcar
  • 125 gr. de margarina derretida
  • 125 gr. de farinha
  • 1 colher de chá de fermento em pó
  • raspa de 2 laranjas

CALDA:
  • 200 gr. de açúcar (usei 150 gr.)
  • 2,5 dl. de água
  • sumo de 2 laranjas





Preparação:

BOLO: 

Ligue o forno a 180º C.
Bata as claras em castelo.
Derreta a manteiga em banho-maria e depois bata-a com as gemas.
Junte o açúcar e a raspa das laranjas e mexa bem.
Misture a farinha com o fermento e peneire-os. Junte-os ao preparado anterior, envolvendo bem.
Incorpore as claras na massa.
Coloque a massa numa forma bem untada com margarina e polvilhada com farinha e leve ao forno cerca de 45 minutos ou até estar cozido (faça o teste do palito).

CALDA:

Misture a água com o açúcar e leve ao lume para ferver durante uns 5/7 minutos.
Fora do lume junte o sumo das 2 laranjas.


Regue o bolo, depois de cozido,  com esta calda quente e deixe que seja absorvida.
Deixe o bolo arrefecer e só depois o desenforme.
Enfeite a gosto.

















10 de janeiro de 2014

STROGONOFF




O Strogonoff, (do russo строганов, stroganov) é um prato originário da culinária da Rússia composto de cubos de carne bovina servidos num molho de natas. 

Desde suas origens no século XIX, o prato popularizou-se no Brasil e em países europeus e norte-americanos (que adoptaram as tiras de carne, bacon e cogumelos), sempre com imensas variações à receita original.
Existem várias explicações para o nome deste prato...
Presume-se que seja derivado do nome de algum membro da grande e importante família Stroganov, talvez Alexander Grigorievich Stroganoff ou  Odessa ou o diplomata, Conde Pavel Stroganov. Outra versão diz que o nome do prato viria de uma rica família de Veliky Novgorod, próxima a São Petersburgo, de amigos de Voltaire e influentes junto a Catarina, a Grande. 

A iguaria teria sido criada no século XIX por um cozinheiro francês que trabalhava para essa família.

Existem muitas formas de preparar o Strogonoff, ou seja, existem muitos "Strogonoff de..." mas o prato original é feito com carne bovina. 

A receita é rápida, fácil, combina muitíssimo bem com um arroz branco da Orivárzea, por exemplo ! 

Por aqui adoramos ! :)

Ingredientes:


  • 500 gr. de carne cortada em tirinhas
  • 2 cebolas pequenas picadas
  • 200 gr. de cogumelos fatiados
  • 200 ml (1 pacote) de natas Parmalat
  • 4 colheres de sopa de margarina
  • 80 ml de molho de tomate
  • 1 colher de sopa de mostarda (opcional)
  • 1 colher de sopa de ketchup
  • pimenta q.b. da Margão
  • sal q.b.
  • 1 colher de sopa de molho inglês (opcional)
  • meia chávena de chá de conhaque ou rum (opcional)





Preparação:


Derreta duas colheres  de sopa de margarina numa frigideira grande e vá fritando a carne, aos poucos em lume alto para dourar, mas sem deixar queimar. Retire a carne e reserve.
Coloque na frigideira a margarina restante e frite aí a cebola. 
Junte-lhe a carne, tempere com o sal e a pimenta, despeje o conhaque e deixe aquecer (caso tenha optado por flamejar o prato). 
Incline levemente a frigideira para que o conhaque incendeie. 
Deixe flamejar (para obtermos somente o aroma da bebida utilizada) até se apagar a chama, depois junte os cogumelos, tape a frigideira e deixe por alguns minutos. 
Acrescente o molho de tomate,o molho inglês (caso o inclua), a mostarda e o ketchup, misture bem.
Baixe o lume, torne a tapar a frigideira e deixe por cerca de 5 minutos. Incorpore delicadamente as natas  e retire do lume antes de ferver.


1 de janeiro de 2014

RABANADAS - "Dia Um... Na Cozinha"



Feliz Ano 2014 !!!


Na 8ª edição do "Dia Um... Na Cozinha", foi pedida uma "Iguaria de Natal" para coroarmos a época mais importante do ano para muitas pessoas !
O Natal foi o convidado especialíssimo deste projecto mensal, do qual todos vocês poderão participar juntando-se ao grupo acima mencionado. 

Trago neste 1º dia de 2014 as Rabanadas (decerto um dos mais tradicionais e que possivelmente aparecerá muito neste dia) por ser aquele doce que mais recordações de infância me traz, em tempos que eram de recursos parcos, dinheiro contado e pouca abundância em termos de mesa de Natal.

O Natal não era como hoje eu o vejo.
Eram outros tempos, tempos belos com árvore de Natal feita com o pinheirinho apanhado no pinhal, que se fazia quase em cima da data (onde tudo era mais belo, vivido de forma mais intensa, menos comercial), onde se acreditava que o Menino Jesus (e não o Pai Natal !) descia pela chaminé e os olhinhos brilhavam em imaginar tal quadro... e perguntava-se: "Mãe, ele não fica todo farrusco?" 
A Mãe ria, o Pai ria e, abanando as cabeças, lá arranjavam uma qualquer explicação atabalhoada em que eu piamente acreditava !
E os presentes sempre apareciam em cima do fogão, por baixo da chaminé... não por baixo da árvore de Natal, como hoje vemos acontecer.
Ah... que saudades desses belíssimos tempos... outros... tão diferentes, tão bons...

Nunca poderiam faltar as Rabanadas... 
Não se faziam sonhos de Natal, faziam-se filhozes amassadas até à exaustão por mãos sábias e fortes, mas eu preferia as Rabanadas... sempre pedia à Mãe para não esquecer e Ela nunca esquecia. :)





E fora da época natalícia, eu por vezes "fazia queixas" a uma antiga Amiga dos meus pais, muito chegada à família, dizendo "Carlota, a Mãe não faz rabanadas..."
E a Carlota, senhora já de avançada idade, "ralhava" com a Mãe, por forma a satisfazer-me e "mandava-a" fazer rabanadas para mim ! :)

As Rabanadas sempre me fazem sorrir...sempre me trazem à memória pessoas e momentos de outros tempos...distantes...felizes ! 

E o vosso Natal, como era quando eram pequeninos ? :)








Ingredientes:

  • Pão de forma cortado às fatias
  • Leite morno com açúcar e uma casca de limão
  • Ovos batidos
  • Açúcar e canela para polvilhar






Preparação:


Molhar as fatias de pão no leite morno, no qual anteriormente se colocou açúcar e uma casca de limão.
Passá-las por ovo batido e fritar em óleo bem quente.
Quando estiverem douradas, tiram-se para cima de papel absorvente.
Passam-se depois por açúcar e canela.







Vamos recordar as outras edições do "Dia Um... Na Cozinha" ?


1ª edição - Brownies
2ª edição - Gelados
3ª edição - Saladas
4ª edição - Tartes Rústicas de Fruta (Galettes)
5ª edição - Fritattas de Legumes
6 ª edição - Crumble com Frutas da Época