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11 de maio de 2014

ARROZ DE PATO






A gastronomia portuguesa é de uma riqueza incomparável.
Gosto muito de testar gastronomias de outros países e há algumas que me prendem de facto, mas a portuguesa sempre terá o lugar de topo na minha escolha ou não seja eu nativa, ou não esteja ela (a nossa gastronomia) cotada nos primeiros lugares quando existem concursos internacionais ! :)

Um dos pratos mais deliciosos é o inigualável Arroz de Pato que transborda sabor e nos deixa completamente rendidos.
Claro que é necessário gostar da carne de pato, mas garanto-vos que este prato tão luso é esplendoroso e faz brilhar quem o apresente.











Ingredientes:


  • 0,5 chouriço de carne
  • 500 gr. de carne de pato desfiado
  • 750 gr. de arroz Orivárzea
  • 2 cebolas picadas
  • 4 dentes de alho picados
  • 2 folhas de louro
  • 2 cenouras
  • 0,5 dl de azeite
  • alecrim
  • sal
  • rodelas de laranja







Preparação:

Arranje o pato e corte-o em quartos.
Cozer o pato juntamente com o bacon, o chouriço, 1 cebola cortada em quartos, as cenouras inteiras e o chouriço na panela de pressão.
Depois de cozido, retire o chouriço e as cenouras e reseve-os.
Reserve também a água da cozedura para utilizar posteriormente no arroz. Não se esqueça de a coar.
Depois de bem cozido, desossa-se o pato e desfia-se.

Num tacho refogue a outra cebola e os alhos no azeite, até a cebola começar a ficar douradinha.
Junte as folhas de louro e o arroz, mexa e deixe-o fritar bem.

Passe o preparado anterior para uma caçoila de barro (opcional), junte-lhe cerca de 1 litro da água da cozedura do pato, junte também o pato desfiado, tempere com sal e pimenta e leve ao forno a cozer cerca de 15/20 minutos. 
Cerca de 5 minutos antes, coloque o chouriço às rodelas e as cenouras (não coloquei) por cima do arroz e deixe dourar.  

Acompanhe com rodelas de laranja e uma generosa salada.








Bom Apetite !!






Espreitem o Pudim de Pãezinhos com Chocolate, receita da Nigella Lawson que fiz no Blog do Chocolate ! :)






2 de maio de 2013

MARANHOS






"Os maranhos são uma especialidade da cozinha tradicional portuguesa, em especial da região da Beira Baixa, mais concretamente da sua zona ocidental, conhecida por região do Pinhal, correspondente à sub-região estatística do Pinhal Interior Sul, constituída pelos municípios de MaçãoOleiros,Proença-a-NovaSertãVila de Rei e Pampilhosa da Serra.
O maranho consiste num pequeno saco feito de um bocado de bucho de cabra, recheado com carne de cabra, cebolapresunto e arroz e fortemente condimentado com hortelãcolorausalsa, etc. Os maranhos da Sertã também são conhecidos por molhinhos, borlhões ou burunhões.
De salientar que em cada uma das zonas referidas, os temperos são diferentes podendo haver algumas diferenças no paladar."

In Wikipédia


"Estes enchi­dos exis­tem há pelo menos dois sécu­los e, se no pas­sado eram prato de dias de festa, agora podem ser comi­dos nos res­tau­ran­tes da zona. 
Conta o guia que os mara­nhos terão nas­cido da neces­si­dade de apro­vei­tar os estô­ma­gos do bor­rego e do cabrito, muito abun­dan­tes na região. 
São fei­tos de peda­ços do bucho de cabra cosi­dos com agu­lha e linha apro­pri­ada.

O resul­tado é um saco que se recheia com peda­ços de carne de car­neiro ou de cabra, chou­riço magro, pre­sunto, arroz cru e hor­telã
É tem­pe­rado com sal, pimenta e vinho branco. Depois de fechado o saco, é cozido em água com sal e hor­telã. 
O guia explica ainda que quando se cor­tam as rode­las, os ingre­di­en­tes são bem visí­veis e o sabor a hor­telã é pronunciado.
É útil tam­bém saber que é ven­dido à peça, inteiro, cozido ou cru, e nos res­tau­ran­tes come-se geral­mente acom­pa­nhado por batata frita, espar­re­gado, couve com broa ou salada."





Os pais do meu marido são naturais da zona de Abrantes, onde os Maranhos são um prato típico (são mais da zona da Sertã e Vila de Rei, mas em Abrantes também é tradição).
Simplesmente ADORAMOS.
Por lá, os temperos não incluem o colorau, como acima descrito, mas muita, muita, imensa hortelã !
São uma especialidade que nunca dispensamos comer quando lá vamos (geralmente até costumamos dar um pulo à Sertã ou a Vila de Rei, onde existem restaurantes especializados em os preparar) e, aqui na zona de Lisboa, também já há quem os venda e podemos comodamente cozinhá-los em casa.
Só cozinhá-los porque nem toda a gente os sabe preparar, é um trabalho moroso e são precisos determinados ingredientes de que não dispômos por aqui.
O que vos trago hoje não é a receita dos Maranhos pois não os sei preparar com tudo o que é necessário, nem tenho acesso a todos os acessórios como o bucho e linhas próprias.
Vejam um exemplo aqui neste link da C.Municipal da Sertã:



Mas trago-vos a forma como os cozinhei depois de os comprar num talho perto de Abrantes para os trazer para Lisboa.
E sim, eu sei que não têm assim tão bom aspecto enquanto crus e mesmo depois de cozidos o exterior não é atraente. Mas também não se come, só se come o recheio.
E acreditem em mim, depois de cozinhados e cortados às rodelas, humm... vocês não iriam querer perder esta iguaria tão lusa ! :)

Espero que gostem de ver e, talvez, conhecer.


Aqui os maranhos a cozer com muita hortelã durante 1 hora !




















14 de março de 2013

FRANCESINHA

"Uma das teorias sobre a origem da francesinha remonta-a ao contexto da Guerra Peninsular, afirmando que as tropas napoleónicas costumavam comer umas sandes de pão de forma, onde colocavam toda a espécie de carnes e muito queijo.
Na época, no entanto, ela não incluía um complemento que os portuenses passaram acrescentar – o molho.

Actualmente parece haver alguma unanimidade em atribuir os créditos da criação do prato a Daniel David Silva, empregado do Restaurante "A Regaleira" na década de 1950.

Tendo trabalhado em França, ao retornar a Portugal Daniel Silva criou a francesinha com base na famosa tosta francesa, o " croque-monsieur", e daí o nome.

A Francesinha é um petisco de culto em toda a zona norte do país, em particular no Porto. Não é, pois, de estranhar que tenham surgido ao longo dos tempos diversos grupos com o objectivo de ordenar e classificar as Francesinhas ou apenas de a homenagear"

Fonte: Wikipédia




Conheço a bela da Francesinha há muitos e muitos anos !
E como eu, muita gente... até a nível internacional ela é conhecida e considerada uma das 10 melhores do Mundo na sua categoria, como poderão ver AQUI.
A Mãe mora pertíssimo do Porto e, sempre que lá ia e vou, não passamos sem ir a um determinado local comê-las.
A filhota adora, claro (tem batatas fritas e ovo estrelado) !

Há muitas formas de fazer a Francesinha e também há muitas versões da mesma... até já vi uma versão vegetariana !
Perdoem-me, sem qualquer pretensiosismo o digo, mas a verdade é que ao alterar completamente a receita base desta maneira por vezes acaba por se cometer um verdadeiro "assassinato" da mesma e passa a ser tudo menos a real receita que se pretende.
Seria talvez como fazer um Cozido à Portuguesa de peixe...
Humm... não me parece, de todo !
Lá que se mudem as carnes utilizadas e os enchidos, bom... menos mal...

Não vale a pena camuflar, a Francesinha é uma das maiores bombas calóricas que conheço !
É que não vale a pena tapar-lhe seja o que for, ou fingir que não se vê, por isso, ou se come ou não se come.
Ponto.
E por aqui comemos !
E com brutal satisfação,devo dizer...
E com ovo estrelado (há a opção de não o ter) e com batatas fritas e com o prato cheio de molho que é para ter ainda mais calorias, mais e mais...
(Já estão de olhos arregalados a ler isto ? Óptimo !  lol )

Há uns bons tempos atrás, tinha visto esta receita no blog da Vânia.
Vesti-me de Chocolate e comentei dizendo de minha justiça e marquei-a para um dia testar.
Pois esse dia chegou numa das nossa famosas "Febres de Sábado à Noite", antes de uma animada sessão de karaoke e cinema ! :-)

Devo dizer-vos que esta receita de Francesinha não fica em nada atrás da que costumo comer no norte do país, como tal aconselho vivamente a experimentarem esta versão do molho que aprendi a fazer com a Vânia, do blog "Cinco Sentidos na Cozinha" !



Ingredientes para 2 pessoas:


FRANCESINHA:
  • 6 fatias de pão de forma
  • 4 bifes de vaca bem fininhos
  • 4 linguiças (ou salsichas frescas)
  • ovos estrelados
  • 4 fatias de fiambre
  • 6 fatias de queijo flamengo (ou outro a gosto)

MOLHO:

  • 50 gr. de polpa de tomate
  • 1 cálice de Vinho do Porto
  • 25 centilitros de cerveja
  • piri-piri q.b.
  • sal q.b.
  • 1 caldo de carne (usei da Knorr)
  • 25 gr. de amido de milho (usei Maizena)
  • 250 mililitros de água
  • 25 gr. de margarina
  • 2 folhas de louro


Preparação:


Tempere os bifes com sal.
Grelhe os bifes e as linguiças.
Depois de grelhadas, corte as linguiças ao meio. 
Torre o pão e coloque uma fatia em cada prato.

Por cima da primeira fatia de pão coloque uma fatia de fiambre, um bife, duas metades de linguiça e uma fatia de queijo. Cubra com outra fatia de pão e coloque mais uma fatia de fiambre, outro bife, mais duas metades de linguiça e mais uma fatia de queijo. Sobreponha outra fatia de pão e coloque um ovo estrelado por cima e cubra com outra fatia e queijo. 







MOLHO:  


Num tacho coloque o vinho do Porto, a cerveja, o louro, a polpa de tomate, a manteiga, o cubo de caldo de carne, a água, o piripiri ( a gosto) e uma pitada de sal. 
Mexa e leve a lume brando até ferver. 
Quando começar a ferver junte o amido de milho dissolvido num pouco de água e mexa até engrossar. 
No final retire as folhas de louro.

Regue as Francesinhas com o molho e sirva de imediato com batata frita.  



















Aproveito esta publicação para agradecer à querida Dália, do blog "Preguiça na Cozinha" o miminho que me ofertou, o The Versatile Blogger Award  e ao qual vou responder, embora já tenha respondido anteriormente a este desafio no Blog do Chocolate pelo que voltarei aqui a colocar as respostas que tinha dado.






A regra do desafio pede que eu fale 7 coisas sobre mim e passe o selinho para 15 pessoas.

1. Sou teimosa, refilona e tenho mau feitio.


2. Sou leal aos meus amigos.

3. Odeio crueldade e tortura contra seres humanos, animais, plantas e contra o ambiente

4. Adoro falar com pessoas com muita idade… gosto de saber as suas vivências e gosto de ouvir histórias de outros tempos, dos tempos em que por este planeta eu não andava.

5. Gosto de caminhar por entre florestas e de falar com as árvores e sozinha

6. Adoro caminhar por ruelas antigas, onde não passam carros e imaginar as pessoas que por ali passaram e viveram, oo que fizeram, como eram…

7. Adoro cinema, bons filmes… adoro ver a transfiguração e transformação dos actores e actrizes nos papéis que desempenham. Para mim o melhor papel desempenhado é sempre o do vilão pois é nesse papel que reconheço um excelente actor/actriz.


Sou incapaz de escolher 15 blogues porque para mim todos os que conheço são dignos de receberem este selo.
Por isso mesmo, sintam-se à vontade para o levar convosco e partilhá-lo com quem quiserem.







19 de novembro de 2012

TARTE DE FRANGO




Por vezes o meu frigorífico chama por mim, também vos acontece ?
Ouço vozes... vindas lá de dentro ! :)

É que, na confecção de vários pratos, há sempre ingredientes que vão sobrando e vão sendo criteriosamente guardados em marmitas para mais tarde utilizar... por vezes não sei muito bem como utilizar, até porque cozinhar não é o meu forte, acreditem...
Mas estou a tentar mudar essa imagem que eu tenho meu respeito ! :)

Bom, acontece que uma base de massa folhada, cujo prazo terminava por estes dias, um peito de frango e metade de um chouriço precisavam de ser usados... e foram !
De uma forma que acabou por ser deliciosa e nos satisfez em pleno.
Tanto... que nada sobrou !
Uma tarte ou quiche (como queiram chamar) que incluiu os tais restos de ingredientes que chamavam por mim...

Assim eu fiz:


Ingredientes:


  • 1 cebola
  • azeite q.b. (quanto baste)
  • 1 folha de louro
  • metade de um chouriço (que era daqueles compridos, da Beira Baixa, não era corrente)
  • 1 lata de cogumelos
  • 1 peito de frango cozido
  • 2 ovos
  • 1 pacote de natas light
  • 1 base de massa folhada
  • 100 gr. de queijo mozzarella
  • alecrim


Preparação:


Ligue o forno a 190 º

Forre uma forma com a base da massa folhada, deixe o papel vegetal juntamente com a massa.
Pique-a com um garfo.






Pique a cebola para um tacho, junte um pouco de azeite e a folha de louro e deixe refogar um pouco.
Junte o chouriço cortado às rodelas e deixe que o refogado ganhe um pouco de cor.

Depois adicione o peito de frango cortado em cubinhos e os cogumelos escorridos (também pode usar dos frescos) e dê mais umas voltas com a colher de pau.





Mexa os dois ovos numa tacinha, junte as natas e coloque alecrim !




Junte este preparado ao refogado, dê umas voltas, já sem que o lume esteja ligado.

Vire o preparado na forma.




Coloque o queijo mozzarela por cima e leve ao forno.




Vá sempre vigiando o forno por forma a não deixar queimar os bordos da tarte, ou então cubra-a inicialmente com papel de alumínio que tirará depois para deixar dourar.


Bom Apetite !