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22 de março de 2015

TARTE TATIN DE MAÇÃ (INVERTIDA)






Quando a gula nos pede algo bem docinho... mas...
... quando não apetece passar muito tempo na cozinha...

Quando queremos algo delicioso, rápido e que nunca nos engana... e...
... quando a Primavera já está instalada nas nossas vidas...

Então, porque os passeios fora de casa nos chamam e o tempo para cozinhar não é muito...eu recorro a esta tarte ultra rápida e bem fácil de confeccionar...

Basta terem 2 ou 3 maçãs na fruteira, 1 placa de massa folhada e tudo o resto é o que geralmente habita na nossa dispensa ! :)

A Tarte Tatin é um clássico da pastelaria francesa. Inventada por duas irmãs, as irmãs Tatin, nos inícios do século passado quando tinham um hotel-restaurante em Lamotte-Breuvon, a Tarte Tatin alia na perfeição o sabor do caramelo ao da maçã cozida. Consiste numa torta normal de fruta, com a especial particularidade de ser confeccionada ao contrário, ou seja, invertida: na forma colocam-se as frutas e por cima, a cobrir, a massa. Ao desenformar a tarte e após cozedura no forno, esta fica com as frutas no topo.






Ingredientes:


  • 1 placa de massa folhada
  • 3 maçãs fatiadas
  • 100 gr. de margarina
  • 100 gr. de açúcar mascavado
  • canela q.b.
  • 2 colheres de sopa de Vinho do Porto (opcional)





Preparação:

Derreter numa forma que possa ir ao lume e ao forno (ou então façam o início da receita numa frigideira e depois transfiram para uma tarteira) a margarina.
Espalhar o açúcar mascavado e deixar caramelizar um pouco.
Polvilhar com canela e refrescar com o Vinho do Porto.
Cortar as maçãs em fatias e dispôr na forma. Deixe cozinhar as maçãs cerca de uns 2 ou 3 minutos.
Cobrir este preparado com a massa folhada, entalando as bordas da massa para dentro da forma.
Pique a massa com um palito em vários locais, para não insuflar demasiadamente.







Levar ao forno, pré-aquecido a 200º C., durante cerca de 15 minutos.
Desenforme ainda quente, pois se deixar esfriar a tarte pode ficar agarrada à forma por causa do caramelo.



Tão docinha.... e perigosa ! ;)

Bom Apetite ! :)












1 de dezembro de 2014

BOLACHAS NATALÍCIAS - "Dia Um... Na Cozinha"






Agora que o frio está definitivamente connosco, sabe muitíssimo bem confeccionar bolos, bolinhos e bolachas, com a ajuda do forno de onde emana um aroma especial e delicioso.

E quem é que não gosta de bolachas ? 
Para trincar entre refeições, para entreter enquanto se vê um filme, para enganar o estomago até chegar o prato principal, as bolachas são amigas fiéis e saciantes quando desejamos algo docinho !

Esta não é uma receita daqui ou dali, mas antes uma receita que surge na necessidade que eu tinha de gastar alguns ingredientes que já tinha na minha dispensa há um tempo e que estavam já a chegar quase ao final da sua validade.

Assim, andei a espreitar para ter uma idéia de quantidades e acabei por tentar fazer estas bolachinhas aromáticas, deliciosas e rústicas ! A decoração não ficou muito elaborada mas foi o que se pôde arranjar tendo em conta a pouca disposição que me tem assolado para cozinhar.

Seja como for, ficaram muito boas e bem amigas da nossa saúde, apenas a manteiga "destoa" (eu sei) no quadro saudável, mas de resto são para comer quase sem culpa.
Claro que a manteiga pode ser substituída por outra coisa, mas a verdade é que por aqui não se abdica dela.





A 19ª edição do "Dia Um... Na Cozinha" pede Bolachas Doces para o nosso Natal que está a entrar este mês, pelo que deixo aqui as minhas Estrelas de Natal como sugestão ! :)







Ingredientes:


  • 80 gr. de farinha espelta
  • 40 gr. de farinha de amêndoa (amêndoa moída)
  • 60 gr. de farinha integral
  • 50 gr. de manteiga amolecida
  • 80 gr. de maple syrup ( ou mel ou caramelo liquido )
  • 1 colher de café de canela
  • 1 pitada de sal
  • bolinhas prateadas para decoração







Preparação:


Misture os ingredientes secos numa tigela.
Adicione a manteiga e mexa bem.
Junte o maple syrup e envolva.
A massa estará pronta quando se descolar das mãos.
Se vir que está muito húmida, junte um pouco mais de farinha espelta ou integral, caso esteja muito seca, adicione um pouquinho de leite.





Envolva a massa em papel aderente e leve ao frigorífico por cerca de 30/45 minutos.
Estique-a com o rolo da massa (eu estiquei-a entre duas folhas de papel aderente) e corte-a no formato desejado.

Decore a seu gosto.







Bom Apetite !








10 de novembro de 2014

ROLO DE CARNE À SERRANA





Hoje trago uma receita que se confecciona cá por casa há já muitos e muitos anos e com muita frequência.

Já a Mãe a fazia pois é uma receita antiquíssima dos primeiros números da Teleculinária, que ela coleccionava e lembro que era, por vezes, o almoço de Domingo.
 
Este é um prato digno de figurar aqui neste meu blogue, já que transforma o frio em conforto, coloca sorrisos nos rostos de quem prova e repete e fica sempre na memória de quem o degustou.
Adoramos e repetimos, nunca nos cansando dos sabores e da sensação saciante que este prato provoca até porque me traz boas memórias.
 
Por isso mesmo, e por ter sido criada por aquele que considero ser O Chefe dos Chefs que tanto me ensinou em termos gastronómicos, chegou o dia de a deixar aqui registada para quem quiser experimentar.



Ingredientes:


  • 800 gr. de carne picada
  • 2 salsichas frescas
  • 150 gr. de queijo em fatias
  • 100 gr. de fiambre em fatias
  • 2 ovos
  • 2 colheres de sopa de Vinho do Porto
  • 2 cebola
  • 2 tomates
  • 100 gr.de margarina
  • salsa q.b.
  • 1 folha de louro
  • 2 colheres de sopa de farinha
  • Sal e pimenta q.b.
  • Noz moscada q.b.
  • Piri-piri Margão



Preparação:


Faça um refogado generoso com a margarina, o tomate maduro, a cebola picada, a folha de louro, tempere com sal, pimenta e piri-piri da Margão.
Deixe cozinhar uns 5 minutos, polvilhe com salsa picada e reserve.

Retire a pele das 2 salsichas de carne e junte-as à carne picada, amassando até tudo ficar homogéneo. Junte os ovos batidos, o vinho do Porto, a farinha e misture muito bem.
Tempere a carne com sal, pimenta, noz moscada, colorau.

Polvilhe abundantemente um pano da cozinha com farinha, coloque a carne em cima, polvilhe com mais farinha e estenda-a com o rolo até que fique com um formato rectangular.

Disponha as fatias de queijo e fiambre em cima da carne, enrole-a com a ajuda do pano, aperte e feche bem as pontas.







Coloque em cima de uma folha de papel de alumínio, levante os lados do papel e despeje por cima da carne o refogado que fez entretanto.







Feche o papel de alumínio e leve o rolo ao forno cerca de 35 minutos.
Retire e sirva em fatias.
Aqui por casa este é um dos nossos pratos favoritos !













Fonte: revista Teleculinária, receita do Chef Silva





1 de outubro de 2014

BACALHAU DE ESCABECHE AO PORTO - "Dia Um... Na Cozinha"






O Bacalhau faz parte da gastronomia portuguesa, pelo menos, desde o século XIV, quando a sua pesca pelos portugueses foi objecto de um acordo com a Inglaterra.

Assim que foi descoberto, os portugueses aperceberam-se que este peixe era adequado às necessidades da época, como produto não perecível (pelo facto de poder ser salgado e manter as suas características gustativas) e que aguentava longas jornadas. As longas travessias pelo Oceano Atlântico duravam mais de três meses e, após diversas tentativas com os peixes da costa local, os portugueses encontraram o bacalhau perto do Oceano Ártico.
 
Com uma grande durabilidade e acessível a uma parte da população que raramente podia comprar peixe fresco, o seu sabor era mais agradável do que o de outros pescados salgados. Imediatamente o bacalhau passou a fazer parte da cultura portuguesa, que rapidamente passou a ser o maior consumidor de bacalhau do mundo. Incorporado nos seus hábitos e na sua culinária, o bacalhau foi consagrado como "fiel amigo" dos portugueses, sendo hoje uma das suas principais tradições e um componente fulcral de qualquer cozinha.
 
 
O dessalgue deve ser feito considerando-se o peso e a forma.
Para postas, e dependendo do tamanho delas, dessalga-se pondo o bacalhau dentro de água entre 24 e 48 horas, trocando a água regularmente.
Para bacalhau desfiado, deve-se dessalgar por 6 horas.
Para acelerar o processo, poder-se-á utilizar leite em vez de água.
O dessalgue deve ser feito no frigorífico e a carne deve ser erguida do fundo do recipiente para escorrer o sal





É muito comum que se encontrem à venda peixes semelhantes ao bacalhau, quando não o são na realidade. O bacalhau verdadeiro é largo e alto, com lombos bem grossos e a cor do seu corpo é puramente branca, sendo os peixes mais amarelados de uma outra espécie.
 
O Cod Gadus Morhua é o Bacalhau Legítimo, é pescado no Atlântico Norte e considerado o mais nobre tipo de bacalhau.
Tem coloração palha e uniforme quando salgado e seco; quando cozido desfaz-se em lascas claras e tenras, de sabor inconfundível e sublime.
É o bacalhau recomendado em todos os pratos da cozinha internacional.





O que é o Bacalhau do Porto?
Historicamente, a cidade do Porto foi a primeira a receber e preparar o bacalhau que os pescadores portugueses procuravam nas águas geladas da Terra Nova, Islândia e Groenlândia. Ainda hoje o Porto é a principal cidade culinária do bacalhau.

Por tradição cultural, no Brasil o nome "Porto" passou a identificar o bacalhau de melhor qualidade. Era o bacalhau que vinha da Cidade do Porto e era comercilizado no porto das capitais do Rio e Salvador.

Usava-se chamar "Porto" apenas ao bacalhau tipo Cod Gadus Morhua acima de 3 kg que, quando cortado, apresenta grossas lascas de bela cor e suave textura.
No entanto, exportadores e supermercados também utilizam a denominação "Porto" para o Cod Gadus Macrocephalus, o que confunde o consumidor. 









A 17ª edição do "Dia Um... Na Cozinha" pede aos seus talentosos Cozinheiros um prato com o mais fiel amigo !
Decidi fugir às receitas mais tradicionais (que adoro) e trago à vossa presença, um mês após a ultima publicação, um Bacalhau de Escabeche delicioso e perfumado com Vinho do Porto, uma forma diferente de o degustar e que lhe acrescenta um generoso sabor além do seu próprio !



Ingredientes:


  • 2 postas de bacalhau (lombo)
  • 4 folhas de couve lombarda
  • 3 fatias de broa de milho
  • 4 dentes de alho
  • 2 cebolas
  • 1 decilitro de Vinho do Porto
  • 1 colher de sopa de vinagre balsâmico
  • 1 decilitro de azeite
  • tomate às rodelas
  • pimenta q.b.
  • mangericão q.b.







Preparação:

Coza os lombos de bacalhau em água fervente temperada com umas folhas de mangericão durante cerca de 2/3 minutos.
Retire do lume, escorra bem e reserve.

Coza as folhas de couve lombarda em água fervente temperada com sal por cerca de 10 minutos. Retire do lume, escorra bem e reserve.

Leve as fatias de broa ao lume num tacho em metade do azeite. 
Deixe corar, retire do calor e reserve.
No mesmo azeite salteie as folhas de couve lombarda com metade dos alhos picados.
Enrole cada folha em forma de bola e reserve.

Refogue as cebolas fatiadas e os restantes alhos picados no azeite que falta.
Adicione o Vinho do Porto e deixe reduzir a dois terços.
Acrescente o vinagre balsâmico, tempere com sal e pimenta e reserve.

Distribua as fatias de broa pelos pratos (1 fatia e meia para cada prato) e sobreponha os lombos de bacalhau e uma rodela de tomate. 
Cubra-os com o molho de escabeche.
Acompanhe com a couve salteada, tomate e sirva.







Bom Apetite !!!






Fontes:

revista "Mariana Culinária" nº 77 - página nº 42
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bacalhau_(gastronomia)
http://www.bacalhau.com.br/





1 de abril de 2014

PASTÉIS DE NATA - "Dia Um... Na Cozinha"







Aviso à Navegação:  publicação muito longa !!!  :)



Quem me conhece e acompanha sabe da minha inequívoca paixão pelo Chocolate, o que me levou a criar há 2 anos atrás um Blog dedicado ao Rei ! 
O que nem toda a gente sabe é que existe um bolo que com ele compete a par passo, em todos os minutos da minha vida, pela minha escolha e preferência...

Quem ganha e recebe a medalha de "o grande eleito" ?
Bem... o Chocolate de facto está sempre no pedestal quando se trata de escolher !
Mas devo dizer que 99% de mim vacila na hora da "sentença final"...

Esta publicação acaba de trair o meu grande segredo :)




Os DELICIOSOS Pastéis de Belém são de facto uma das minhas maiores perdições no que toca a bolos tradicionais, embora eu adore outros... doces conventuais então nem se fala... perco-me por alguns deles...

Mas os Pastéis de Belém (digam o que disserem a respeito deles), eu aprendi a venerar desde a minha infância quando o Pai nos levava ao Domingo à Antiga Confeitaria de Belém, (que existe desde 1837) para os comer com açúcar em pó e canela !

Os Pastéis de Belém não são iguais aos Pastéis de Nata, pois a sua receita está religiosamente guardada a 7 chaves no segredo dos Deuses desde sempre !
Os Pastéis de Nata e os Pastéis de Belém são bolos de facto inigualáveis em sabor e, contrariamente ao que muitas pessoas pensam, não levam natas na sua confecção ! 

Nesta 11 ª edição do "Dia Um... Na Cozinha", o tema escolhido foi "Doçaria Regional" e, se por um lado o tema me agrada a 100 %, passa-se que também me deixou ansiosa e pouco à vontade !
 



É que eu adoro doces regionais, mas nunca tinha feito nenhum em especial.
Quando o tema foi escolhido, eu ainda vacilei entre um ou outro, mas no meu intimo eu sabia que a escolha iria recair sobre a réplica da minha perdição: os Pastéis de Nata
Até aí tudo bem ! :)
O problema é que nunca eu tinha feito massa folhada caseira, embora ande há muito tempo para experimentar fazer e este desafio era o motivo perfeito para eu tentar confeccioná-la de raíz !

Não digo que sempre passe a fazê-la, pois se o processo não é difícil, a verdade é que é trabalhoso e moroso pelos tempos de espera entre as dobras da massa !
 
Fiz duas vezes e não ficou como eu pensei que pudesse ficar.
Algo não correu bem e penso ter sido o tipo de margarina/manteiga que usei.
Recomendam margarina para folhados na maior parte das receitas, mas nunca a encontrei nas grandes superfícies e além do mais li algumas pessoas dizerem que tinham feito com a normal e tinha resultado.



 

Na primeira vez usei margarina, mas a massa não folheou como as que se vêem por aí.
Na segunda vez usei manteiga sem sal, também não folheou como eu tinha esperança que folheasse.

Dei-lhe todas as voltas devidas, tal como poderão ver no passo-a-passo que apresento, a massa está muito saborosa de facto, mas não está folheada como a de compra ! :( :(

Confesso que fiquei desiludida, tanto trabalho e....






Um pouco da história dos Pastéis de Belém...

"Um aroma a canela espraia-se pela zona e a cem metros de distância já se sente a aproximação a um dos locais “sagrados” da doçaria mundial: resistindo à industrialização, à venda ou ao "franchising", os Pastéis de Belém continuam a ser um dos melhores embaixadores de Lisboa. Todos caem na doce tentação.
Na zona de Belém, ponto turístico obrigatório de Lisboa, há uma pastelaria muito especial, cuja fama corre mundo: “a única e verdadeira fábrica dos Pastéis de Belém”. Durante todo o dia, todos os dias do ano, cerca de dez mil pastéis, artesanais, totalmente feitos à mão, saem dali fresquinhos, prontos a comer.

Reza a lenda que, tal como em relação a quase toda a outra doçaria tradicional portuguesa, a origem dos Pastéis de Belém terá sido uma receita conventual do vizinho Mosteiro dos Jerónimos. Com a revolução Liberal, em 1820, as ordens religiosas foram extintas em Portugal, e os seus conventos nacionalizados. Os trabalhadores laicos que lá viviam, entre eles os pasteleiros, foram arranjando emprego cá fora. Parece que o doceiro dos Jerónimos, detentor da preciosa receita, foi trabalhar para uma refinaria de açúcar das proximidades, e dentro de pouco tempo os “verdadeiros Pastéis de Belém” eram vendidos ao público.

O êxito foi imediato entre os alfacinhas (habitantes de Lisboa), que corriam a comprar o novo doce. 
Depois, foi a notoriedade nacional. 
Com o aparecimento do turismo de massas, em meados do século passado, a fama dos Pastéis de Belém tem corrido mundo, de Nova Iorque ao Japão.
Não admira que, com este êxito, muitos tenham tentado, em Portugal e no estrangeiro, imitar o produto. Mas, até agora, sem resultados. 
O primeiro doceiro, o tal que veio do Mosteiro dos Jerónimos, trabalhava de madrugada, em segredo, fechado num quarto, onde não deixava ninguém entrar, enquanto misturava os ingredientes na proporção certa, tal como lhe tinha ensinado o frade inventor da receita.
Acautelando imitações, o dono da pastelaria registou mais tarde a patente da receia, e o segredo tem sido bem guardado até hoje.

Actualmente, apenas três pessoas estão a par da receita mágica – um pasteleiro que trabalha na casa há meio século, e dois ajudantes, da sua total confiança, que também ali estão há décadas. Eles tiveram que fazer um juramento e assinar um termo de responsabilidade em como não podiam ensinar o segredo.
Actualmente, é fabricada uma média de 10 mil pastéis diários. Segundo os pasteleiros da casa, o que distingue os Pastéis de Belém dos pastéis de nata normais que se vendem em outros estabelecimentos é, além da receita com as proporções certas, o investimento no trabalho manual e os ingredientes de primeira qualidade – farinha, açúcar, leite e ovos.

O processo de fabrico continua a ter o seu lado artesanal. A massa é moldada nas formas à mão por um grupo de mulheres, que poderiam ser substituídas por uma máquina se não fosse a preocupação com o método artesanal que faz parte da filosofia da casa."

Fonte: http://www.visitlisboa.com/DocesTradicionais.aspx






Seja como for deixo-vos com os meus Pastéis de Nata, os que me foram possíveis e gostaria muito de vos ler e saber das vossas sugestões a respeito da massa folhada.

Já alguma vez fizeram ?
Como fizeram para que corresse bem ?


Ingredientes:


MASSA:


  • 250 gr. de farinha de trigo sem fermento
  • 50/60 ml de água gelada
  • 200 gr. de manteiga sem sal
  • 1 colher de chá de sal
  • farinha para polvilhar


RECHEIO:


  • 30 gr. de farinha de trigo sem fermento
  • 250 ml de leite
  • 250 gr. de açúcar
  • 100 ml de água
  • 3 gemas de ovos
  • 1 casca de limão
  • 1 pau de canela






Preparação:


RECHEIO:

Desfazer as 30 gr. de farinha com um pouco do leite num tachinho, de modo a não criar grumos.
Ferver o resto do leite com o pau de canela e a casca de limão.
Deitar o leite fervido, em fio mexendo sempre, sobre a farinha dissolvida e levar este preparado a ferver em lume moderado, sempre mexendo com uma vara de arames para não pegar ao fundo.
Quando levantar fervura tirar do lume.
Misturar o açúcar com a água, levar ao lume, deixar ferver por 3 minutos exactos (a partir do momento em que começar a ferver) e tirar do lume.
Misturar a água fervida (deixar cair em fio) com o preparado de leite e farinha, mexendo bem.
Reserve.
(As gemas só entram quando tudo estiver pronto para ir ao forno)



MASSA:


1 - Deite a farinha numa superfície limpa e seca e faça um círculo no no meio onde irá colocar a manteiga cortada em cubos pequenos.
Reserve a água bem perto para começar a adicioná-la à medida que a massa for ganhando forma... 

2 - Com as pontas dos dedos (ou um garfo) vá misturando a manteiga com a farinha.
Comece a adicionar a água quando a massa ficar com uma aparência meio seca e em pedaços. 

3 - Poderá não precisar de adicionar toda a água indicada, apenas metade, para obter uma massa com a textura pretendida. Forme uma bola, enrole em película aderente e leve ao frigorífico por 20 a 30 min. 


4 - Retire a massa do frigorífico e abra-a com o rolo sobre uma superfície levemente enfarinhada. 

Quando necessário vá polvilhando a massa e o rolo com farinha, aos poucos, mas não exagerar na adição de farinha. Forme um rectângulo com cerca de 20x40cm.

5 e 6 -  Dobre o rectângulo de massa em três: a parte de cima até ao meio e a parte de baixo para cima da primeira, formando uma dobra de carta.

7 - Vire a massa dobrada de modo a que ela fique perpendicular a si e abra-a mais uma vez até formar um novo rectângulo igual ao primeiro. Repita a dobra em carta (passos 5 e 6), marque a massa com os dedos para deixar claro que já a dobrou duas vezes e enrole-a em película aderente para ir ao frigorífico por mais 20 a 30 min.










9 - Abra a massa mais uma vez até formar outro rectângulo que agora já será maior. 
Dobre e vire pela terceira vez e abra mais uma vez outro rectângulo do mesmo tamanho do último. 
Dobre a massa mais uma vez - esta é a quarta e, eventualmente, a última dobra.
Enrole a massa dobrada na película, marque quatro com os dedos e leve ao frigorífico por mais 40 minutos.

10 e 11 - Se preferir, pode fazer 6 dobras em vez de apenas 4, basta seguir os passos anteriores para dobrar e levá-la ao frigorífico por mais 30/40 minutos. (eu fiz as 6 dobras)

Para garantir que a massa folhe por igual é essencial que vá ao frigorífico entre cada 2 dobras, e que seja riscada antes de ir ao forno (fazer uns cortes com uma faca na superfície da massa).

12 e 13 - Volte a abrir a massa em rectângulo e enrole-a num rolo comprido.

 
14 - Se não usar toda a massa imediatamente, corte-a e congele-a separadamente. O que fiz foi esticar a massa que sobrou, colocá-la em cima de papel vegetal e enrolar a massa com o papel vegetal.
Pode congelar-se assim a massa e quando for preciso, e enquanto o forno aquece, colocamos a massa a descongelar, desenrola-se e usa-se a gosto. 

A massa já feita e enrolada pode ficar no congelador por até 4 meses e no frigorífico por 5 dias.






15 - Com o rolo que fez (figura nº 13), corte-o em rodelas de cerca de 1,5cm de espessura.


16 e 17 - Colocar essas rodelas dentro das formas e com os polegares começar a pressionar o centro da massa, andando sempre à volta obrigando-a a esticar e a estender-se por igual até aos bordos (o bordo de cima deve ficar mais grosso uma vez que é aí essencialmente que a massa vai folhear). Assim, no fundo e lados a massa fica mais fina e nos bordos superiores mais grossa. 
A massa deve subir um pouco acima dos bordos das formas.

18 - Colocar as formas num tabuleiro.

Nesta altura misture as 3 gemas de ovo ao creme, mexa e passe esse preparado por uma rede.
Encha as formas com o creme a cerca de 3/4 da profundidade das formas.






19 - Levar ao forno (pré-aquecido durante uns 20 minutos) muito quente (cerca de 250º C) somente uns 15 minutos até ficarem douradinhos.







Bom Apetite ! 













Fontes:  Teleculinária nº 65 - Fevereiro de 1978
http://nosoup-foryou.blogspot.pt/2009/09/massa-folhada-caseira.html









1 de fevereiro de 2014

SOPA DE CURGETES COM AMÊNDOA - "Dia Um... Na Cozinha"





Tenho frio.
Passou Janeiro e eu tive frio.
O Inverno implacável percorre o seu caminho e cobre com o seu manto qualquer sinal de vida que tente espreitar...
Sei que temos 4 estações e que cada uma delas tem o seu lugar entre nós bem como o seu "timing", mas a verdade é que faz-me falta do Sol de manhã à noite, o seu brilho e a sua luminosidade que absorvo quando nos contempla.
Não que não goste de chuva, não.
Acho até que ela é imperativa no planeta e que, sem ela, todos sofreríamos graves consequências no futuro.
Mas secalhar já chega, não é ?
Primavera, onde andas ?
Não demores... 






Enquanto espero conforta-me uma sopa quente e aromática que perfumou de forma inebriante a minha cozinha e o nosso olfacto...

Uma Sopa de Curgetes, com Lombardo, Caril e Amêndoas... travos que se conjugaram na perfeição e que nos surpreenderam pela positiva !
Sem dúvida, a repetir ! :)






Está já no palco a 9ª edição do "Dia Um... Na Cozinha", desta vez subordinada ao tema "Sopas de Legumes", pelo que hoje muitas sopinhas irão aparecer na blogosfera, receitas para guardar e testar, que o frio ainda prevalecerá algum tempo.





As Rainhas da receita !



Ingredientes:


  • 750 gr.de curgetes
  • 2 batatas médias/pequenas
  • algumas folhas de couve lombardo cortada em juliana
  • 1 cebola
  • 2 dentes de alho
  • 2 colheres de chá de caril em pó
  • 1 colher de azeite
  • 1 litro de água (aproximadamente)
  • amêndoa laminada q.b.
  • sal marinho q.b.
  • pimenta branca q.b.
  • queijo parmesão q.b.
  • salsa q.b.







Preparação:


Refogue a cebola picada num tacho amplo com o azeite; junte o caril em pó, as curgetes sem casca e cortadas às rodelas e as batatas descascadas, lavadas e cortadas em cubos.
Adicione cerca de meio litro de água, tempere com sal e pimenta e deixe cozer em lume médio.
Reduza a puré, junte-lhe a couve lombarda cortada em juliana e junte mais água para cozer a couve que se juntou.
Disponha a sopa em pratos, de servir, rale um pouco de queijo parmesão, cubra a superficie com amêndoa laminada e decore com salsa

Bom Apetite !






Para quem desconhece o projecto, deixo o registo do que foram as anteriores 8 edições...
Venham daí...


1ª edição - Brownies
2ª edição - Gelados
3ª edição - Saladas
4ª edição - Tartes Rústicas de Fruta (Galettes)
5ª edição - Fritattas de Legumes
6 ª edição - Crumble com Frutas da Época
8ª edição - Iguaria de Natal